Lá pelos vinte e poucos

      Realmente a minha vida não mudou muito quando fiz dezoito anos. A única coisa que poderia mudar seria eu tirar a carteira de habilitação, e não, nem isso ainda não fiz. Mas hoje, com 21 anos, considero que mudei MUITO desde a adolescência. É incrível como suas prioridades mudam, seus desejos e sua disposição também. Listei então alguma das mudanças que aconteceram comigo:

#1 - Sinto fome toda hora.



Não lembro se eu era assim quando criança, ou até adolescente, mas adoraria entender porque dentro de mim tem um buraco negro. Detalhe: só para besteira, que façam mal, principalmente Coca-cola. Acho que um dia alguém jogou uma macumba em mim falando "essa menina nunca vai conseguir parar de tomar Coca-Cola". Se inventarem um A.A. de Coca-Cola, eu vou ser a primeira a frequentar. 

#2 - Quando não é fome, é sono.


Esqueça aquela história de "eu? dormir dentro de ônibus? jamais!", durmo sim! Então, por favor, não conversem comigo quando me encontrarem em um ônibus, principalmente a noite. A maior tristeza da vida é quando tenho que ir em pé no ônibus e pensar que vou ter que ficar o caminho todo acordada. 

#3 - Penso demais!


Quanto mais a gente cresce, mais decisões importantes temos que tomar. Eu penso, penso, penso, me dá dor de cabeça de tanto pensar, e no final: ou não chego a conclusão alguma, ou escolho a opção errada.

#4 - Novas prioridades.


Quando eu era criança queria ser secretária ou professora. Já adolescente decidi ser publicitária. Hoje em dia eu só quero que Deus tenha piedade.

#5 - "Tá fazendo o que da vida? E os namorados? Não vai casar não?"



Se tem uma coisa que está faltando em mim é paciência para quem tá começando. Parem de perguntar o que eu tô fazendo da vida! Tem inúmeras outras maneiras de se começar uma conversa. Se você não tem essa capacidade, vejam esse vídeo da Jout Jout (maravilhosa!) e aprendam. E quanto aos namoradinhos, não tem nada de mal em estar solteira aos 20 e poucos não, meu povo. Nem aos 30 e poucos, nem nunca. 

#6 - Tudo bem ser diferente.



Quando eu era mais nova tinha pavor de me sentir muito diferente de todo mundo. Sempre ficava com medo de ou me arrumar demais para algum lugar, ou me arrumar de menos. Tanto que rolava aquelas perguntas "com que roupa tu vai?", "e tu vai de salto?" (apesar de eu nunca usar salto, então ficava torcendo para alguma das minhas amigas não usar também). Hoje em dia eu só consigo pensar o quanto seria chato se todo mundo fosse igual. Sério, eu não iria suportar outra pessoa exatamente igual a mim por aí. Então, tá tudo bem ser diferente, tá tudo muito bem aliás.

#7 - É mesmo, é?




Não dá para ficar se preocupando com a opinião de todo mundo. Simplesmente não dá! Quando voltei de um intercâmbio tava pesando alguns (vários) kgs a mais, e era incrível como gente que eu nem lembrava de já ter visto na vida chegava falando "tá mais gordinha, ein?", "só precisa emagrecer um pouco". Um clichê muito verdadeiro é que você nunca vai agradar todo mundo, então se você tá "ok" com o que faz, ou com quem é, já basta. Isso também vale pra sexualidade. Cara, quem sabe do que você gosta é você! Ninguém tem que achar nada.

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